Santiago de Compostela Caminho do Norte 

Olá, família! Ontem, finalmente desembarcamos em Santoña após uma emocionante corrida para chegar ao local da travessia de barco vindo de Laredo. A tensão era palpável, pois não tínhamos certeza se o barco estaria disponível, considerando que, segundo informações, parte do ano não há barcos realizando essa travessia.

Pequenos ajustes são normais após tanto tempo na estrada. Aproveitamos para lubrificar as correntes, que precisaremos limpar em breve, e continuamos nosso caminho.

Confesso que, para mim, este foi um dos dias mais espetaculares da nossa jornada. A saída de Santoña é um deleite, percorrendo a Baía de Santoña e passando por canais encantadores, como Boó e Argoños

Nossa primeira parada foi na encantadora cidade de Güemes, onde visitamos a Iglesia de San Vicente antes de retornar à costa. De Langre até Somo, seguimos uma trilha à beira-mar muito bem demarcada e totalmente pedalável, encantando-nos com as falésias e praias deslumbrantes. Destaque para a descida próxima à Ilha de Santa Maria, com um trecho com mais pedras que exigiu uma breve parada para reposicionar e apertar o guidão do Márcio após um solavanco brusco. Lembrando que nossas bicicletas não tem suspensão.

Chegando à Somo, procuramos imediatamente o barco para Santander. A travessia pela Baía de Santander foi tranquila e rápida. Embora tenhamos feito uma breve visita à deslumbrante catedral de Santander, decidimos seguir adiante, de olho nas placas que indicam as distâncias até Santiago de Compostela.

Já percorremos 33% do caminho em 7 dias, com 80 km de desvios, restando 535 km para os próximos 10 dias até nosso retorno a Lisboa.

Continuando nosso percurso, chegamos a Santillana del Mar, uma cidade pequena, mas vibrante, conhecida mundialmente por preservar a aparência do centro urbano da Idade Moderna, repleto de construções de pedra. A Colegiata de Santa Juliana é uma verdadeira joia, e descobrimos que a Gruta de Altamira, "Capela Sistina do Paleolítico", fica a apenas 2 quilômetros da vila. Infelizmente, não conseguimos visitar a gruta devido ao horário, mas é um local que planejamos retornar para explorar.

Para encerrar o dia, desfrutamos de uma deliciosa refeição no Terraza-Restaurante Casa Miguel e nos hospedamos no Hotel Altamira, uma verdadeira obra-prima do século XVI, que se revelou mais do que um simples hotel para descanso, sendo praticamente um museu com ambientes lindamente decorados.