Santiago de Compostela Caminho do Norte 

Começamos o dia com um delicioso café da manhã no hotel Altamira, incluso na diária. A saída do hotel revelou-se um desafio, com três andares para descer e as pedras do calçamento histórico. Os dias sobre a bicicleta vão calejando e uma suspensão faz falta nesse momento, mas em um lugar tão encantador, a beleza supera qualquer desconforto.

A Compostela, certificado concedido aos peregrinos, pode ser obtida com pelo menos 100 km a pé ou 200 km de bicicleta. À medida que nos aproximamos dessas distâncias, avistamos mais peregrinos em busca desse reconhecimento. 

O passaporte do peregrino é fundamental, e a obtenção de pelo menos dois carimbos por dia é essencial já que não são aceitas outras formas de comprovação. 

Além disso, muitos albergues são reservados para os peregrinos e ao chegar é necessário apresentar o passaporte (em alguns lugares você verá escrito credencial).

O dia foi predominantemente ao longo da costa, explorando diversas praias. Apesar de não ser um percurso plano, afastamo-nos um pouco do litoral em direção a Colombres, onde fizemos um lanche rápido em frente à Iglesia de Santa Maria.

Retornando ao caminho, voltamos à costa, e ao chegarmos a Llanes, deparamo-nos com a Plaza Fuerte, proporcionando uma vista deslumbrante do mar e da cidade. Sob o sol, a Playa del Sablón convidou-nos a molhar os pés antes de procurarmos um local para descansar. 

Sorte que não nos demoramos muito, pois fomos surpreendidos ao sermos recusados em alguns lugares devido ao fato de estarmos de bicicletas.

Após algumas tentativas infrutíferas, conseguimos um lugar no Albergue La Casona del Peregrino, embora não nos sentíssemos totalmente seguros com a oferta do anfitrião para guardar as bicicletas no jardim com os portões abertos. Optamos por um quarto exclusivo para mais conforto e privacidade, apesar das incertezas. 

Saímos para jantar e na volta, já a noite,  a chuva começou a cair, e, como o alforge de uma das bicicleta não podia ser removido, e, não é a prova d'água, e para completar não haviam outras bikes no local, imaginamos que os outros peregrinos tinham guardado nos quartos e decidimos guardar as nossas no nosso quarto também. 

Tomamos precauções para não danificar nada, e fomos dormir, tranquilos com a chuva caindo lá fora.